Não sei o que é pior: vida de músico ou de blogueiro, um mais complicado do que o outro.. Maldito gosto pelas minorias apaixonadas.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

A gente finge que arruma o guarda-roupa, arruma o quarto, arruma a bagunça. Tira aquele tanto de coisa que não serve, porque ocupar espaço com coisas velhas não dá. As coisas novas querem entrar, tanta coisa bonita nas lojas por aí. Mas a gente nunca tira tudo. Sempre as esconde aqui, esconde ali, finge para si mesmo que ainda serve. A gente sabe. Que tá curta, pequeno, apertado. É que a gente queria tanto. Tanto.  Acredito que arrumar a bagunça da vida é como arrumar a bagunça do quarto. Tirar tudo, rever roupas e sapatos, experimentar e ver o que ainda serve, jogar fora algumas coisas, outras separar para doação. Isso pode servir melhor para outra pessoa. Hora de deixar ir. Alguém precisa mais do que você. Se livrar. Deixar pra trás. Algumas coisas não servem mais. Você sabe. Chega. Porque guardar roupa velha dentro da gaveta é como ocupar o coração com alguém que não lhe serve. Perca de espaço, tempo, paciência e sentimento. Tem tanta gente interessante por aí querendo entrar. Deixa. Deixa entrar: na vida, no coração, na cabeça.
Sempre fui um bom amigo, você sabe disso. Estive do seu lado todas as vezes que você precisou. Tentava fazer você esquecer o que alguns homens te forçavam a lembrar.
Sempre me importei com suas risadas, sempre fiz o máximo para torná-las cada vez mais frequentes. Me fazia de bobo em frente aos meus amigos só para ver sua boca sorrir mais um vez.
Ficava horas escutando você me contar de seus amores maus resolvidos, de sua família e de sua vida. E eu adorava aquilo, eu me sentia mais próximo de você, era como se eu pudesse tocar o seu coração.
Cansei de contar as vezes que fiquei olhando para você durante as aulas de matemática, desejando você ao meu lado, desejando tocar sua mão e dizer que te amo.
E então um dia que disse que te amava. Pra mim foi difícil, mas para você foi fácil. Foi como mais uma bobagem minha para te fazer rir. Você nem se quer se importou com o que eu disse.
Passou a ignorar minhas brincadeiras. Passou a não querer mais ter aquelas conversas.
Me deixou como se eu fosse um estranho, como se eu fosse uma maçã podre da sua vida.
Hoje, eu estou escrevendo esse texto porque eu não sinto mais nada por você. Nem amor, nem ódio. Porque para te odiar eu teria que me importar.

FONTE : (GarotosdeVerdade/Bruna V)

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